Não sei quem inventou essa história de guerra dos sexos. Mas
quem decide se alistar esta perdendo tempo de ser feliz.
Não existem vitórias para os times do machismo e do
feminismo. Levantar qualquer uma das duas bandeiras é egoísmo. É medo de se
conectar, e descobrir que o outro sabe mais. É medo de parecer menor. Medo de aprender.
Se na guerra dos sexos, o machismo quer reprimir o melhor da
mulher, e o feminismo quer importar o pior do homem. Na aliança do amor, a
união quer somar as qualidades para poder compensar nos defeitos.
O amor é para aproveitar junto. Quando um corta o outro
cozinha. Quando um lava o outro seca. Quando um cai o outro ajuda. Quando um
ganha o outro ganha. Quando um ri o outro ri.
O amor precisa de entrega total. Precisa do melhor de um no
pior do outro. Afinal, toda tampa de vidro de conservas abre mais fácil na
segunda tentativa.
Competir em um relacionamento é o mesmo que convidar alguém
para dançar, e tentar driblar os passos do par. É como marcar de ir ao cinema,
e sentar um na frente do outro. É reclamar da comida, e não ajudar a temperar.
É esperar ouvir um bom dia para dar um bom dia. É manter uma briga só para ver
quem vai ceder primeiro. É fazer filhos e dar eles para uma babá. É anotar num
papel todos os gastos para poder cobrar no divórcio.
Os machistas e as feministas nunca serão felizes no amor.
Não conseguem se entregar a uma paixão de verdade. Eles têm medo de sair por
baixo. Acham que estão sempre sendo injustiçados. Que são os únicos a se sacrificar.
Que carregam a parte mais pesada da cruz.
Eles ainda não entenderam que homens e mulheres são
diferentes. E que é isso que faz a soma ser tão maravilhosa.
O amor não tem lados. Ele é redondo, e ninguém consegue
abraçar ele sozinho.
Publicada no jornal O Farroupilha no dia 11/01/13
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