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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Escala




Somos tão pequenos. Tão breves.

Um suspiro entre eras. Uma vírgula entre histórias.
Um nó na linha do tempo. Uma nota na partitura.

Só um grão de vida escondido num canto do universo.
Nada mais que um ser humano no planeta terra.

Não somos centro. Não somos atores principais.
Somos coadjuvantes. Pedaços da vida.

Não somos maiores que o céu. Não somos maiores que a chuva.
Não somos maiores que o sol. Nem somos maiores que a vida.

Somos importantes. Somos funcionários da natureza.

Não somos maiores que o mar. Não somos maiores que as horas
Não somos maiores que a lua. Nem somos maiores que o céu

Não somos maiores que o nosso amor.

Não cabemos dentro da nossa paixão. Nossos sonhos não cabem dentro de nós.
Não damos pé no mar da nossa tristeza. Não achamos o fundo da nossa felicidade.

Não temos espaço para guardar todos nossos sentimentos. Eles transbordam. Viram sorrisos e lagrimas. Viram abraços e beijos. Viram arte.

Não somos maiores do que nós mesmos.

Não cabemos em nós mesmos.

Nós somos tão pequenos, mas tão infinitos...

publicado no jornalo O Farroupilha em 18/01/13

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