Quem ama não arranja motivos.
É simples. O amor não se mede pelo número de tópicos numa
lista de positivos e negativos. O amor não é numerado, não tem marcadores de
página. Não tem extrato.
Ele se perde entre as vírgulas. Ele deixa as reticências
tomando conta do coração.
Quem ama não sabe se traduzir em um porquê.
É direto. É um ponto final. É uma jura de pés juntos e
teimosa que não sabe nem se está realmente certa.
Quem ama não sabe as respostas
Não duvida do potencial de seu coração. Marca a questão pelo
impulso dos sentimentos. É um chute. Não se importa com a nota final.
Quem ama não se prepara
É um deslize. Um esbarro. Um tropeço. Uma colisão que
acontece mesmo depois de todas as precauções terem sido tomadas.
Quem ama não se questiona.
Faz vista grossa. Passa por cima dos detalhes. Tem todos os motivos mas não faz questão de
saber nenhum.
Quem arranja boas desculpas para amar, está perdido. Tem
dúvida. Mergulha com um pé atrás.
O amor não conta vantagens. Não espera a eternidade. Não
busca perfeição.
Não é o amor que precisa de motivos. É o interesse.
O amor não tem manual.
O amor não tem lados.
O amor não tem centímetros.
ublicado no jornal O Farroupilha no dia 22/03/13
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