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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Limpando o armário

Meus tesouros de criança, mergulhados no fundo de gavetas e caixas.

As bolas de gude passadas de pai pra filho, os preciosos brindes de salgadinho, autógrafos de pessoas que nunca apareceram na televisão, fitas cassete para o walkman, os rascunhos de um Revell nunca terminado.

Não gostava de seguir manuais, sempre preferi as caixas de Lego.

Registros do menino que colecionava tampinhas de garrafa pet, e desenhos que colecionavam o menino.

Canetas secas, réguas, e chaveiros.

Chaveiros de posto de gasolina, presente recebido das pessoas grandes, que ganharam valor nas mãos da criança.

O Tamagoshi morto.

Rabiscos de poesia, melodias sem música esperando a chegada do primeiro instrumento.

Skate de dedo, só conseguia fazer ollie.

Borrachas que nunca foram terminadas, e nunca serão.

As medalhas brilhantes, ganhadas de tantas participações.

Relógios parados na infância, que deixaram o tempo passar, juntaram pó, e transformaram tesouros em nostalgia.

2 comentários:

  1. Nunca ganhei bolinhas de gude do meu pai, mas me lembro muito bem das fitas e dos chaveiros de posto e sempre que pego um na mão me da aquele sentimento estranho que chamamos de nostalgia...

    http://oreidetroia.blogspot.com/

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  2. As medalhas, essas são difíceis de se desfazer.Afinal elas são parte de nós, representam conquistas, empenho, força de vontade, e trazem com elas a nostalgia do momento, o cansado, o esforço...

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