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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Fazendo as contas

Não é a visível perda de energia após atividades físicas
Não é a vontade de ficar na cama no sábado de manhã
Não é o semestre na faculdade, nem o número do ano.
Não é a duração de um relacionamento
Não é descobrir que todos os desenhos assistidos na sua infância viraram lenda.
Não são as espinhas, nem o começo da escassez delas.
Não é o dente siso.

São as contas que se acumulam na mesa.
As contas que contam os dias do mês, e dividem anotações no calendário junto com aniversários e consultas.
São as contas que servem como uma bengala para a maturidade.

Elas exigem responsabilidade. Marcam a data do encontro e querem que nós paguemos as despesas.
Esperam de nós o mínimo, nenhum atraso. Se houver atraso, elas nos castigam, e pedem novas exigências para o segundo encontro.
Sempre tem um segundo encontro.
Elas marcam quantos encontros forem precisos para nos conquistar.

É uma relação de amor incondicional, que só é recíproca quando nenhum dos dois amantes pede mais do que o outro possa devolver.

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